Brasa viva

Ser “chamado” para algo é como ter uma brasa dentro do peito. É como um ciclo vicioso que nos impele a aperfeiçoarmo-nos continuamente para alcançar o ponto máximo da satisfação pessoal: O cumprimento. O que é, certamente, algo abstrato, pois nunca nos damos por satisfeitos de fato. Nunca estamos continuamente plenos, mas vivemos os momentos. Há o momento da descoberta, o momento da busca, da caminhada, dos frutos, há o cansaço, há a redescoberta e assim por diante. É uma vida. É como se a brasa tivesse vida própria e apagasse e acendesse de tempos em tempos, quando bem entendesse. Ciclos.

Pode parecer algo penoso (e é de fato), até mesmo passageiro, mas essa busca é aliada da felicidade e é nesse caminho que a encontramos. Acredito que todo ser humano quer muitas coisas na vida, mas apenas duas delas trazem significado real: Pertencer a algo (não estar sozinho) e sentir que está contribuindo com alguma coisa ou alguém. Servir. Ser útil. No fundo, todos querem isso e eu não acredito em quem fala o contrário. Queremos ser notados, queridos, e pode até parecer egoísta o fato de querer servir ao outro para satisfazer a si próprio, mas não é. É um modelo. Quem dera se ele estivesse de fato estabelecido em nosso mundo.

Cada um é “chamado” em um tempo e de formas diferentes. Porém, TODOS são e sabemos disso. Queria encorajar você que se identifica com esse sentimento a prosseguir e desfrutar de cada momento na sua caminhada. Desfrutar dos novos cenários que são abertos diante de seus olhos, das novas pessoas que entram em suas vidas. Desfrutar da transformação que é contínua e será até que…

Um beijo grande. Amo a individualidade de cada um de vocês.