Autor: Bruno Guedão

  • Walking Dead (2012) – Letra

    Walking Dead (2012) – Letra

     

     

    Eu vivo nesse caos planejado
    Mesmo sendo livre sou escravo
    Enxergando a ordem na desordem
    Um paradoxo

    Walking Dead
    High-tech sem manual
    Low-cost and high prize
    Chaves no prime time
    Quando perdi, ganhei
    Quando morri, vivi
    E no coração faz todo o sentido

    Há um amor atravessado no meu peito
    E aí dotô, como é que eu sinto essa dor?
    Se tudo o que eu fiz foi fazer uma coisa só
    Eu só quis fazer o bem

    Minha insegurança revela a minha dependência
    E é a única segurança de que meu coração ainda está batendo

    Bruno Guedão e André Portugal © 2012. Todos os direitos reservados.

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  • Vamos mudar o mundo?

    Vamos mudar o mundo?

    Você acredita que tem a força para mudar o mundo? Estou sendo exagerado? Acho que vocês já perceberam que eu gosto muito de utilizar perguntas nos meus textos. Acredito que as perguntas nos desafiam e nos fazem pensar. Talvez, o segredo não esteja nas respostas, mas nas perguntas. São elas que nos fazem prosseguir, buscar, ir além e por algum motivo, em nosso interior, nunca nos sentimos satisfeitos. Pois mesmo sabendo as respostas para algumas coisas, continuamos buscando para tantas outras. Enfim, acho que isso é um tema para um outro post (risos). Vamos voltar ao que interessa e vou tentar ser um pouco mais incisivo na minha pergunta. Você quer mudar o mundo?

    Senti vontade de escrever sobre isso logo após assistir a um filme chamado “A Dama de Ferro”, com Meryl Streep. O filme conta a história da ex-Primeira Ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher. “Eu não nasci para ficar atrás de um fogão, ou lavar as xícaras de chá”, disse ela para o seu noivo logo após ser pedida em casamento. Talvez, essa mulher não seja o melhor dos exemplos para o tema proposto. Apesar de ter sido a primeira mulher a ocupar um cargo de liderança tão alto no ocidente e, realmente, ser apaixonada por aquilo que fazia, ela também era uma pessoa obstinada, pragmática ao extremo. Daquele tipo que faz o que tem que ser feito, não importando as consequências. “Para mudar o mundo precisamos fazer o que acreditamos ser o certo”, disse ela. Mas será que não foram por causa dessas características que ela se tornou tão marcante? Acredito que sim, mas não é isso que faz com que uma pessoa tenha a capacidade de mudar o mundo. Na minha opinião, o que tem poder para transformar as coisas se chama LEGADO.

    Um legado é algo muito parecido com uma herança. É algo que deixamos para aqueles que vêm a seguir. No caso de Thatcher, observamos como a vida do seu pai, a sua forma de viver e seus ensinos ajudaram-na a se tornar quem ela foi. Não posso afirmar que essa mulher mudou o mundo, mas considerando que sim, eu pergunto: Quem foi o principal personagem dessa história? O seu pai ou ela mesmo? Ou quem sabe aqueles que inspiraram o seu pai?

    Nós somos o resultado do legado daqueles que vieram antes de nós.

    E se eu perguntar para você qual é o seu legado? O que você está deixando para aqueles que vêm depois de você? O que você responderá? Provavelmente, muitos de vocês dirão que não sabem. O problema é que sempre olhamos para o legado como uma coisa “palpável”, como algo ligado ao “fazer”. Um legado não é produzido, necessariamente, só por aquilo que fazemos, mas por aquilo que somos. Atitudes verdadeiras, baseadas naquilo que somos, sempre produzirão impacto na vida das outras pessoas. Talvez você não tenha nascido para ser uma pessoa “marcante” no seu tempo e na sua geração, mas isso não te faz menos importante. Você pode até não se tornar uma Margareth Thacher (uma voz), mas sua vida pode inspirar outras Margareths que estão por aí. Basta que você seja sincera com os que estão ao seu redor e, principalmente, com você mesmo. Não tente ser quem você não é. Naturalmente, sua vida vai inspirar os outros com aquilo de bom que há em você. Seja com a sua temperança, sua fé, sua tranquilidade, sua paciência, sua sinceridade, sua eloquência, sua força de vontade, seu talento. Tudo aquilo que é verdadeiro em você, sempre vai inspirar os outros. Basta você mostrar.

    A intenção desse post não é diminuir a importância de correr atrás e fazer acontecer as coisas. Não é isso. Quando você se conhece e sabe o que quer, naturalmente, você vai ter a força de vontade de fazer acontecer. É como uma mãe que tem em seu filho a prioridade da sua vida e não mede esforços para fazer aquele ser humano crescer e viver bem. Está dentro de você. E você sabe. Minha intenção é que esse post te incentive a focar em quem você é de verdade, naquilo que você é bom e acredita. Não finja ser quem você não é em troca de um status social, de dinheiro ou de uma carreira (ministerial, política, etc.) Nada disso vai te ajudar a mudar o mundo. Pode até te dar projeção e “sucesso”, mas em troca de uma vida pesada, com responsabilidades que você sabe que não deveriam estar sobre os seus ombros.

    Eu acredito em você. Naquilo que está só em você. Você não quer me mostrar?

    “Se você quer fazer do mundo um lugar melhor, olhe para si próprio e faça uma mudança” – Michael Jackson (música: “Man in the Mirror”)

  • Pensar com o coração

    Pensar com o coração

    Uma das grandes lutas do ser humano é buscar o equilíbrio entre o racional e o emocional. Em inúmeras situações nas nossas vidas, o coração diz uma coisa e a cabeça diz outra. Com isso, está instaurado um dilema. Em algumas religiões o coração simboliza o ser espiritual e determina que esse é, essencialmente, o seu verdadeiro eu. Em outros casos, o coração é apenas um símbolo para as nossas emoções e desejos. Algumas linhas de pensamento propõem que você é o que você pensa, ou seja, você determina quem você é baseado nas informações que sua mente adquire durante a sua vida e o coração é apenas um reflexo desse conjunto de experiências.

    Enfim, eu acredito sim que existe um “verdadeiro eu” mesmo antes de nascermos nesse mundo, e que fazemos parte de um todo, conectados uns aos outros. No entanto, mesmo assim, só você pode ser quem você é. E, acredite ou não, você é importantíssimo para a história da humanidade. 🙂 Agora, você pode ser mais emoção do que razão, ou ao contrário, mas entenda que isso é mais do que normal e sadio (a não ser que seja um caso completamente extremo).

    Razão e emoção não precisam ser vistas como coisas opostas. Essa luta despedaça o homem e só termina quando você descobre QUEM VOCÊ É de verdade. Quando você sabe quem você é, razão e emoção se tornam congruentes para a percepção não só de si próprio, mas do universo a sua volta, mesmo que uma se sobressaia mais que a outra.

    Acredito que por essa razão precisamos tanto uns dos outros. Essas diferenças fazem com que nos completemos. Em alguns momentos você precisa deixar a emoção dominar a situação e nada melhor do que ter alguém assim do seu lado. O contrário também é verdadeiro. Quando as emoções têm que ser contidas, que bom é ter alguém que “pensa antes de agir” do seu lado. Além disso, você só vai descobrir quem você é através do outro. É essa conexão que vai mostrar aonde você deve estar e o que você deve fazer. “O outro é você”.

    Não deixe que a razão e a emoção te despedacem como na imagem acima, olhe para o outro, descubra quem você é e se torne um ser humano melhor.

     

  • Ensaio – Humanidade

    Ensaio – Humanidade

    Na música “Humanidade” eu arrisquei fugir um pouco do meu estilo usual de fazer tanto a letra quanto a música. O resultado é esse ai. Relevem o áudio estourado de vez em quando. 🙂 Participaram desse ensaio comigo os amigos Daniel Chagas (bateria), André Portugal (guitarra), Felipe Ribeiro (teclado), Vitor Mateus (guitarra) e André Ribeiro (baixo).

    httpv://www.youtube.com/watch?v=pRhZku3nf4E

    Sempre foi a busca da humanidade
    Um oceano onde possa navegar
    Conquistar e levantar suas cidades
    Procurando seu espaço pra reinar

    Exibindo toda a sua habilidade
    De matar, de construir, de derrubar
    Segue achando que é dona de si mesmo
    Sem saber exatamente o que cuidar

    O amor de Deus veio oferecer
    A essa menina a chance de viver
    Em uma eternidade de alegria e paz
    E a possibilidade de novamente dar

    Um grito de liberdade
    Enxergando finalmente
    A estrada da verdade
    Um caminho diferente

    Bruno Guedão © 2011. Todos os direitos reservados.

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  • Ensaio – Encontro

    Ensaio – Encontro

    Segue mais um vídeo de ensaio. Infelizmente, o áudio desse não ficou tão legal e tivemos alguns erros de execução, mas já dá pra ter uma idéia da música “Encontro”. 🙂 Participaram desse ensaio comigo os amigos Daniel Chagas (bateria), André Portugal (guitarra), Felipe Ribeiro (teclado), Vitor Mateus (guitarra) e André Ribeiro (baixo).

    httpv://www.youtube.com/watch?v=cgsVRFV7v7Y

    A força que há em mim se foi
    Não posso ver, não posso ouvir
    O que está ao meu redor, Senhor
    Aqui estou me rendo a Ti

    A Tua luz iluminou a escuridão
    E os céus encheram meu coração

    O certo é que eu Te buscarei
    De todo o meu coração
    Eu sei que estás a procurar, Senhor
    Aqui estou encontra-me

    Eu vou Te adorar
    Vem me encontrar

    Bruno Guedão © 2011. Todos os direitos reservados.

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  • Ensaio – Candeia

    Ensaio – Candeia

    Ai está uma pequena mostra de uma das novas músicas do novo projeto. Participaram desse ensaio comigo os amigos Daniel Chagas (bateria), André Portugal (guitarra), Beto Portugal (teclado), Vitor Mateus (guitarra) e Hugo Voievitca (baixo).

    httpv://www.youtube.com/watch?v=LuGlzvvl6OE

    Em meio a escuridão eu ouço a Tua voz
    Tentando me guiar pelo desconhecido
    Mesmo sem ver, sigo a tatear
    Sei que Te encontrarei no caminho

    Feito para nos aproximar
    Longe não estás
    Me movo, existo e vivo
    Em Ti

    A candeia do meu coração é a revelação
    Da eternidade que colocaste em mim
    Verdadeiro e espiritual, isso tudo é real
    Eu em Ti e Tu em mim, agora somos um

    Bruno Guedão © 2011. Todos os direitos reservados.

    Licença Creative Commons

  • Transformação ou adaptação?

    Transformação ou adaptação?

    Sem querer ser polêmico, mas observando a “transformação” dos que se dizem cristãos nos últimos 10-15 anos, só posso constatar que a única coisa que muda de verdade são os nomes dados as coisas. No mais, é tudo o mesmo de sempre. E antes que você se irrite, isso não é uma crítica. É apenas uma constatação de que, em vários aspectos (talvez nos principais), ainda somos os mesmos há mais de uma década.

    O que nos abastece na caminhada e nos faz pensar que somos diferentes é o sentimento de verdade ao se envolver em algo, dentro de um contexto diferente daquele em que estávamos vivendo. A melhor palavra para descrever esse processo, na minha opinião, é “adaptação”. A mudança que temos vivido está totalmente ligada a mudança do mundo ao nosso redor. Mudamos a forma, baseados no contexto em que vivemos, mas no fundo temos a mentalidade muito parecida com a dos nossos pais, como já dizia o saudoso Renato Russo em sua canção “Dança”.

    “Você é tão moderno
    Se acha tão moderno
    Mas é igual a seus pais
    É só questão de idade
    Passando dessa fase
    Tanto fez e tanto faz.”

    E “tanto fez, tanto faz” mesmo. Se pararmos para observar e comparar as gerações, nossos projetos sempre partem de uma motivação positiva, como nossos pais. Queremos fazer alguma coisa relevante, como nossos pais. Rompemos com práticas da geração anterior, como nossos pais. Queremos avançar, como nossos pais. No final de tudo, quem seremos nós senão os nossos pais? Tudo se encaminha para isso. Então, o que é importante definir é, que tipo de pais nós seremos?

    Existe uma coisa que eu procuro sempre praticar. Ao invés de tentar mudar a cabeça dos jovens-adolescentes de hoje, por que não parar para tentar entender como eles enxergam o mundo ao seu redor? Eu faço esse exercício há uns dez anos. Eu paro, e fico observando o comportamento dessa galera, partindo sempre do princípio de que um dia eu fui como eles. É uma forma que eu encontrei de estar sempre conectado com o pensamento da “nova geração”. Acho que isso também abre um caminho de aproximação para que eu também possa servir com as minhas idéias, e realizar esse intercâmbio de uma forma natural e construtiva, sem reprimir ou ditar as regras que eles devem seguir. Isso, para mim, é se adaptar, é unir o coração com essa galera. Eu não sei mais do que eles e o que eles sabem hoje, é fundamental para que eu me adapte a nossa realidade. É claro que podemos entrar em uma discussão sobre o deus desse século, que cegou o entendimento das pessoas, e que as crianças de hoje nascem em um mundo com valores corrompidos e tal. Tudo bem, eu concordo. Só que não podemos esquecer que nós também nascemos em um mundo com esses mesmos parâmetros e, nesse aspecto, somos idênticos a eles. Nem melhores, nem piores. Iguais.

    Renovar a mente, é voltar a pensar com uma mente nova. Em um contexto bíblico, seria voltar a ter a mente original do homem, uma mente pura, que via o próprio Deus. Por isso, Jesus fala tanto que temos que ser como crianças. Tudo isso tem a ver com renovar a mente. Ver e entender o Reino de Deus, ou seja, a forma como Deus domina ou governa sobre as coisas, está totalmente ligado a voltar a ter essa mente do homem que experimentou, de fato, essa realidade. Nesse processo, em meio a essa adaptação, precisaremos abrir mão de certas convicções, obstinações, e ,na maioria das vezes, para avançar, teremos que “andar pra trás”.

    Termino agora minha reflexão com uma frase forte, muito utilizada hoje em dia no mercado de trabalho, mas que pode trazer algum significado ao meu texto, e com uma recomendação de filme. A frase é: “Adapte-se ou morra”. Entenda “morrer”como você quiser. O filme que eu recomendo é o “Moneyball – O homem que mudou o jogo”, com Brad Pitt.

    Um grande abraço!