Tag: Cinema

  • Vamos mudar o mundo?

    Vamos mudar o mundo?

    Você acredita que tem a força para mudar o mundo? Estou sendo exagerado? Acho que vocês já perceberam que eu gosto muito de utilizar perguntas nos meus textos. Acredito que as perguntas nos desafiam e nos fazem pensar. Talvez, o segredo não esteja nas respostas, mas nas perguntas. São elas que nos fazem prosseguir, buscar, ir além e por algum motivo, em nosso interior, nunca nos sentimos satisfeitos. Pois mesmo sabendo as respostas para algumas coisas, continuamos buscando para tantas outras. Enfim, acho que isso é um tema para um outro post (risos). Vamos voltar ao que interessa e vou tentar ser um pouco mais incisivo na minha pergunta. Você quer mudar o mundo?

    Senti vontade de escrever sobre isso logo após assistir a um filme chamado “A Dama de Ferro”, com Meryl Streep. O filme conta a história da ex-Primeira Ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher. “Eu não nasci para ficar atrás de um fogão, ou lavar as xícaras de chá”, disse ela para o seu noivo logo após ser pedida em casamento. Talvez, essa mulher não seja o melhor dos exemplos para o tema proposto. Apesar de ter sido a primeira mulher a ocupar um cargo de liderança tão alto no ocidente e, realmente, ser apaixonada por aquilo que fazia, ela também era uma pessoa obstinada, pragmática ao extremo. Daquele tipo que faz o que tem que ser feito, não importando as consequências. “Para mudar o mundo precisamos fazer o que acreditamos ser o certo”, disse ela. Mas será que não foram por causa dessas características que ela se tornou tão marcante? Acredito que sim, mas não é isso que faz com que uma pessoa tenha a capacidade de mudar o mundo. Na minha opinião, o que tem poder para transformar as coisas se chama LEGADO.

    Um legado é algo muito parecido com uma herança. É algo que deixamos para aqueles que vêm a seguir. No caso de Thatcher, observamos como a vida do seu pai, a sua forma de viver e seus ensinos ajudaram-na a se tornar quem ela foi. Não posso afirmar que essa mulher mudou o mundo, mas considerando que sim, eu pergunto: Quem foi o principal personagem dessa história? O seu pai ou ela mesmo? Ou quem sabe aqueles que inspiraram o seu pai?

    Nós somos o resultado do legado daqueles que vieram antes de nós.

    E se eu perguntar para você qual é o seu legado? O que você está deixando para aqueles que vêm depois de você? O que você responderá? Provavelmente, muitos de vocês dirão que não sabem. O problema é que sempre olhamos para o legado como uma coisa “palpável”, como algo ligado ao “fazer”. Um legado não é produzido, necessariamente, só por aquilo que fazemos, mas por aquilo que somos. Atitudes verdadeiras, baseadas naquilo que somos, sempre produzirão impacto na vida das outras pessoas. Talvez você não tenha nascido para ser uma pessoa “marcante” no seu tempo e na sua geração, mas isso não te faz menos importante. Você pode até não se tornar uma Margareth Thacher (uma voz), mas sua vida pode inspirar outras Margareths que estão por aí. Basta que você seja sincera com os que estão ao seu redor e, principalmente, com você mesmo. Não tente ser quem você não é. Naturalmente, sua vida vai inspirar os outros com aquilo de bom que há em você. Seja com a sua temperança, sua fé, sua tranquilidade, sua paciência, sua sinceridade, sua eloquência, sua força de vontade, seu talento. Tudo aquilo que é verdadeiro em você, sempre vai inspirar os outros. Basta você mostrar.

    A intenção desse post não é diminuir a importância de correr atrás e fazer acontecer as coisas. Não é isso. Quando você se conhece e sabe o que quer, naturalmente, você vai ter a força de vontade de fazer acontecer. É como uma mãe que tem em seu filho a prioridade da sua vida e não mede esforços para fazer aquele ser humano crescer e viver bem. Está dentro de você. E você sabe. Minha intenção é que esse post te incentive a focar em quem você é de verdade, naquilo que você é bom e acredita. Não finja ser quem você não é em troca de um status social, de dinheiro ou de uma carreira (ministerial, política, etc.) Nada disso vai te ajudar a mudar o mundo. Pode até te dar projeção e “sucesso”, mas em troca de uma vida pesada, com responsabilidades que você sabe que não deveriam estar sobre os seus ombros.

    Eu acredito em você. Naquilo que está só em você. Você não quer me mostrar?

    “Se você quer fazer do mundo um lugar melhor, olhe para si próprio e faça uma mudança” – Michael Jackson (música: “Man in the Mirror”)

  • Deus não morreu! – Criação

    Deus não morreu! – Criação

    Nesse último mês assisti pelo menos 3 filmes que questionavam ou falavam sobre a fé:

    “Religulous”, um documentário escrachado de Bill Maher, criticando abertamente as religiões e a existência de Deus; “O Livro de Eli”, leia o post anterior; “Criação”, que conta a história de Charles Darwin e a sua teoria da evolução.

    Certamente, esse é um tempo que a fé de todos está em jogo. É visível isso. Podemos sentir na própria pele. Muitos devem estar como Bill Maher. “Não é possível que você acredite que uma cobra falou com um casal de jovens”. Outros devem estar como o inimigo de Eli, Carnegie. “Esse povo não tem fé. Se eu der essa fé a eles, eu vou poder controlá-los”. Alguns pensam que Deus esta morto, como o cientista amigo de Charles Dawin em “Criação”. “Charles, sua teoria matou Deus”. E você? O que pensa? (mais…)

  • Fé: Eli x Carnegie – O Livro de Eli

    Fé: Eli x Carnegie – O Livro de Eli

    O intuito desses textos não é fazer uma análise crítica da obras cinematográficas, mas conseguir extrair delas uma mensagem relevante para os nossos dias. Gostei de “O Livro de Eli”, com Denzel Washington (http://pt.wikipedia.org/wiki/Denzel_Washington) e Gary Oldman (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gary_Oldman). Creio que o filme toca em um ponto crucial nos dias de hoje: a fé. Só para que você não se sinta perdido, caso não tenha visto o filme, o cenário da história é pós-apocalíptico. O que sabemos é que todas as Bíblias do planeta foram queimadas e, provavelmente, por causa da religião, guerras se instauraram no planeta, destruindo completamente a forma de viver que conheçemos hoje. A história se passa 30 anos após esse ocorrido. Nesse período conheçemos dois personagens centrais da história: Eli (Denzel Washington) e Carnegie (Gary Oldman). Eli representa a fé verdadeira, aquela que não se explica e não se vê. Um homem que “escutou uma voz” dizendo-lhe para ir para o oeste e proteger a única Bíblia do planeta, e crê nisso com todo o coração. Carnegie representa a fé falsa, manipuladora. Um homem que quer aproveitar um mundo sem fé para manipulá-lo justamente através dela. Para isso, durante anos ele vem procurando uma Bíblia, sem sucesso. (mais…)