Manifestações Externas

“E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. Jesus, pois, tirou-o de entre a multidão, à parte, meteu-lhe os dedos nos ouvidos e, cuspindo, tocou-lhe na língua; e erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse-lhe: Efatá; isto é Abre-te. E abriram-se-lhe os ouvidos, a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente.” – Marcos 7:32-35. 32

Se Jesus aparecesse em nossos dias e quisesse curar enfermos utilizando essa metodologia, o que pensariam dele? Não seria mais simples falar somente: “Sê curado”? Para que fazer essa nojeira toda? Que palhaçada esse lance de tocar na língua…”

Certamente, hoje em dia, os métodos de Jesus seriam rejeitados por muitos “fiéis”.

Agora, por que ele fez tudo aquilo? Eu aprendi uma coisa muito interessante há algum tempo.

OS SINAIS EXTERNOS SERVIRAM PARA DESPERTAR E AFIRMAR A FÉ DO SURDO.

Desde 1992 iniciou-se um mover de Deus que se popularizou com o nome de “A UNÇÃO”. Por que a queda, o riso, o choque, o formigamento???

PARA DESPERTAR E AFIRMAR A NOSSA FÉ.

Esses sinais são gerados pelo Espírito Santo e existem por causa da nossa incredulidade, funcionando como combustível para a nossa fé.

Deus age através dos homens, mas ele necessita de nossa fé para isso. Ele quer assim. Ele é onipotente, mas é coerente. Por causa do livre arbítrio por Ele dado, Deus se autolimita para que o homem coopere com ele. Não que Ele não possa fazer de outro jeito. É claro que ele pode, mas não é assim que geralmente ocorre.

Por exemplo, em Marcos 6, Jesus queria realizar milagres mas não o fez. “E não podia fazer ali nenhum milagre, a não ser curar alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E admirou-se da incredulidade deles. Em seguida percorria as aldeias circunvizinhas, ensinando.”

Eles não tinham fé. Isso tudo funciona como a eletricidade. Ela necessita de dois pólos para que haja a corrente: um negativo e um positivo. Assim também é com o Senhor. Um dos pólos é A VONTADE DELE, o outro é A NOSSA FÉ.

Por isso, temos que buscar a vontade Dele ao orar. Não podemos declarar coisas que vão contra a sua vontade, mesmo que pareçam ser benéficas. Em situações como essas, podemos suplicar a Deus para que Ele opere.

Essa UNÇÃO, que falamos anteriormente, é um derramamento do Espírito Santo em nosso interior com o propósito de conduzir-nos à santidade, uma vida vitoriosa, gozo, a um testemunho mais comprometido e efetivo. Trata-se de um verdadeiro enchimento do Espírito.

Com a unção, vem os sinais (cair, rir, tremer, etc. ) e já vimos para que eles servem. No entanto, são apenas sinais. O Pr. Carlos Mraida usa um exemplo interessante para isso e vou contextualiza-lo para nosso meio.

Eu tenho um carro e estou indo para Cabo Frio. Eu gosto muito de ir a Cabo Frio. Durante a estrada eu vejo uma placa: CABO FRIO 100 KM. Imediatamente eu desço do carro e saio correndo em direção à placa, abraçando-a ardentemente. “Eu amo Cabo Frio! Eu adoro Cabo Frio!”. E por ali fico…. Agora, eu estou em Cabo Frio? Não. Fiquei preso a um sinal.

UM SINAL INDICA PARA ALGO MAIOR E MAIS IMPORTANTE.

Não podemos ficar presos aos sinais do Espírito Santo. Eles indicam o caminho. Eles nos levam para algo muito maior. O PRÓPRIO DEUS. O mesmo se aplica a salvação em Cristo Jesus, que não tem um fim em si própria, mas nos liga novamente ao Pai. Enfim, mais grave ainda é recusar os sinais do Senhor. E pior é afirmar que são do Diabo. Carlos Mraida segue dizendo: “Na minha cidade há uma lei que diz: DESTRUIR SINAIS É DELITO“. E é mesmo.

Que possamos entender os sinais de Deus e segui-los. Eles servem para aumentar a nossa fé e para indicar o caminho.

UM SINAL INDICA O CAMINHO.